domingo, 12 de dezembro de 2010

FLANELINHA !!! "PROBLEMA SOCIAL"...

          “Má gestão resultou em dívidas alarmantes”

                                                  Publicação: 12 de Dezembro de 2010 às 00:00    tRIBUNA DO nORTE

  • O deputado estadual e futuro senador da República, Paulo Davim, vai logo avisando: “Sem a medicina não vivo e não serei feliz”. Cardiologista por formação, enfatiza que após o susto de tão cedo assumir o mandato originalmente do futuro ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o grande desafio, a partir de agora, é conciliar a carreira de médico em Natal - “não vou abandonar meus pacientes” - e a de senador, em Brasília, a partir de fevereiro. Ele assinala que defenderá as bandeiras da Saúde e da Sustentabilidade, e continuará a ressaltar as propostas do titular, o ministro. Membro da equipe de transição da governadora eleita, Rosalba Ciarlini, diz que as dívidas são a principal chaga que herdará a futura governadora. Veja a seguir:


    fotos: emanuel amaralNão se admite mais o Brasil, um país pujante, reconhecido no mundo inteiro, com a Saúde de terceiro mundoNão se admite mais o Brasil, um país pujante, reconhecido no mundo inteiro, com a Saúde de terceiro mundo




    “Há pouca qualificação dos gestores”



    Como membro da equipe de transição da governadora eleita Rosalba Ciarlini, qual a análise que faz dos relatórios que viu?

    Eu acho que o RN é pobre e que portanto tem poucos recursos para serem aplicados em investimento e sobretudo na infra-estrutura do Estado. E esses poucos recursos são mal gerenciados e mal gastos. É isso que me preocupa. Nós temos poucos recursos e não sabemos gastar bem. Então eu acho que precisa se profissionalizar a gestão pública. Ou se profissionaliza ou nós teremos uma imensa quantidade de municípios quebrados e falidos. Temos que colocar as pessoas certas nos lugares certos. A gente não pode misturar política com gestão. A indicação política eu até aceito desde que o indicado tenha o perfil necessário para o cargo que vai ocupar. Eu nunca vi ninguém colocar no Banco Central pessoas que não tenham um bom perfil para o cargo e não deixa de ser uma indicação política. Então eu acho que a mesma preocupação que tem no Banco Central deve ter para todos os cargos públicos sobretudo os mais estratégicos.

    O que causou mais alarde ao grupo?

    As dívidas. Elas são alarmantes. E isso é resultado da má gestão, da banalização da coisa pública, da pouca qualificação dos gestores, da falta de compromisso com o serviço público, da pouca sensibilidade com a população em geral, sobretudo a carente que precisa da máquina pública para viver bem. Então essa falta de sensibilidade na gestão e esse empirismo e amadorismo estão sendo identificados por mim como as marcas principais que estou enxergando nos relatórios.

    E os números?

    Eu prefiro deixar que a coordenação da transição dê números finais, mas eu diria que na saúde, por exemplo, a dívida  é bem acima de 100 milhões, sem se contabilizar particularidades, como por exemplo plantões eventuais que estão atrasados desde agosto, o terço de férias que é lei e não está sendo pago desde outubro, a questão da progressão na carreira de cargos e salários, que está atrasado em 2008 e 2010. O terço de férias inclusive não é só na Saúde mas para todos os servidores, enfim, tudo isso não está sendo contabilizado nos números que nós recebemos.

    Preocupa um Estado com tantas dívidas, a máquina substancialmente inchada, e ainda querer contrair mais dívidas para uma Copa do Mundo?

    Essa questão da Copa do Mundo eu não estou participando da discussão e não sei o que foi debatido de forma objetiva na reunião do Rio de Janeiro, não sei que encaminhamento está sendo dado, mas acredito que será uma PPP [Parceria Público-Privada]. Se for assim, e for bem conduzida, eu acho que o retorno para Natal e para o Estado é bem maior que os eventuais e possíveis investimentos que venham a acontecer por parte do Poder Público. O que vai acontecer em termos de aceleração do saneamento básico, da geração de emprego, do incremento do turismo, da mobilidade urbana, do Aeroporto de São Gonçalo, tudo isso nós temos que contabilizar como ganhos porque esses ganhos virão, pelo menos de maneira mais rápida, se Natal for sede da Copa.

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