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Associação dos Flanelinhas do Rio Grande do Norte

domingo, 26 de dezembro de 2010

Aline Barros - Sonda-me Usa-me.

Postado por ASSOFLARN às 12:56

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23AGO

Associação é criada para profissionalizar flanelinhas

16:40 - Vias públicas,

Da redação

Eles não passam imperceptíveis pelas ruas e canteiros da cidade. A cada dia aumenta o número de flanelinhas que sobrevivem a cada "trocado" recebido pela limpeza do pára-brisa e pela garantia da "segurança", quando se estaciona o veículo nas vias públicas da capital. O serviço que não agrada a todos os motoristas, agora pelo menos, vai ser organizado com a criação da Associação dos Flanelinhas do Rio Grande do Norte (Assoflarn). A assembléia para instituir a entidade acontece nesse domingo, a partir das 9 horas no Clube Albatroz.

De acordo com o coordenador da Assoflarn, Francisco Dantas, a proposta é reunir e credenciar todas as pessoas que exercem a atividade de maneira organizada, oferecendo cursos de qualificação, treinamento, distribuição de cestas básicas, material de trabalho - colete, boné, crachá, carteira de sócio e sacola - e serviços assistenciais como jurídico, social e odontológico. A média salarial de um flanelinha varia de um a quatro salários mínimos.

Francisco Dantas relata que a proposta de instituir a associação partiu da vivência que tem de um grupo de amigos conhecidos como "Anjos da Madrugada", que por duas vezes na semana, distribuem sopa para moradores de rua, a maioria deles, flanelinhas. "Conversei com alguns amigos que se propuseram a ajudar e estamos nessa batalha", destacando que aproximadamente 12 empresários vão patrocinar a confecção do material de trabalho para ser distribuído entre os associados. A expectativa é de credenciar de imediato, 300 flanelinhas. A estimativa em todo o RN é de 1.500 flanelinhas em atividade. Cada associado vai contribuir com R$ 5 por mês.

Indagado acerca dos prejuízos causados pelos flanelinhas quando o motorista não se dispõe a dar um "trocado" pelo serviço, Dantas destaca que "em toda profissão existe gente de todo tipo", mas afirma ser a maioria, pais de famílias que precisam trabalhar. Ele disse saber de relatos de flanelinhas que arranham e secam o pneu dos veículos. "O meu carro já foi arranhado", lamenta.

O coordenador afirma que cabe ao cidadão oferecer ou não a recompensa pelo serviço, como também sabe que o flanelinha não tem o direito de usar um local público e se "apossar" do espaço como se fosse proprietário. "Se ele está trabalhando num determinado local, deve zelar pelo espaço", destaca. A instituição da associação vai oferecer tranqüilidade ao motorista, ao saber que eles são credenciados, organizados numa associação e que alguém quando se sentir prejudicado saberá a quem recorrer. O trabalho de flanelinha não é permitido para crianças e adolescentes.

Cidades (jornal de Hoje)
Edição de quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Secretaria vai fazer levantamento

É criada a Associação de Flanelinhas no RN

Na falta do Estado para suprir as demandas sociais, muitas vezes o cidadão comum tem a criatividade de, pelo menos, amenizar a situação de risco vivida por determinados grupos, como por exemplo, o dos flanelinhas, que ganharam ontem a sua associação. O organizador da entidade, curiosamente, não é flanelinha. Francisco Dantas é representante comercial e tem experiência com assistência social, uma vez que ele é um dos articulistas do grupo Anjos da Guarda, que distribui mantimentos em Natal durante a noite. Ele começou a cadastrar os membros ontem e estima que haja pelo menos 1,5 mil flanelinhas no RN atualmente.

Batizada de Assoflarn (Associação dos Flanelinhas do Rio Grande do Norte), a instituição trará para o seus sócios (sem carência, como frisa o panfleto da fundação e com taxa de mensalidade de R$ 5) assistências odontológica, social e jurídica, todas através de convênio, e "sopões" nas segundas e quartas-feiras. Segundo Dantas, estão em andamentoprojetos como distribuição de cestas básicas, leite, cursos para sócios e dependentes, assistência médica (opcional) e área de lazer.

Dantas, reforça que não é nem presidente da entidade nem tem ligações com políticos ou religião. "Operamos na base do 'fazer o bem sem olhar a quem'. A gente não precisa estar ligado a nenhuma religião para ajudar as pessoas", diz ele.

Na sua atuação no Anjos da Guarda, existente há 19 anos, ele sai com um grupo de amigos e se aproxima de moradoras de rua e, além de dar sopas e outros alimentos, são distribuidos remédios, artigos de roupa e cobertores. Com esse contato, Dantas percebeu que a maioria dessas pessoas ganhava dinheiro como flanelinha.

"O habitante e o habitat estão sendo destruído", filosofa Dantas. "Não podemos ficar parados olhando os flanelinhas viver uma vida desassistida", acrescenta. Pequeno empreendedor e representante comercial, Dantas, declara que, além da mensalidade dos flanelinhas, a rentabilidade da associação virá da venda de espaços publicitáriosnos protetores contra os raios solares colocados nos pára-brisas, nos bonés e nas camisas utilizadas por esses trabalhadores informais. "A mensalidade é só para os flanelinhas valorizarem a associação", explica ele.

O organizador da associação diz ter dificuldades para registrar muitos dos trabalhadores informais por eles não terem registro de nenhum documento. "É um problema grande. A gente tem atrasado muito a fundação da entidade porque muitos deles aguardam a identidade ou o CPF ficarem prontos. Outros só querem ser chamados pelo apelido porque tem problemas com a Justiça". Dantas espera conseguir mais apoios da iniciativa pública e privada para melhorar a situação dos flanelinhas. "Tenho certeza que a associação vai melhorar a vida, não só deles como de toda a família, pois muitos filhos destes trabalhadores estão seguindo o mesmo caminho", finaliza.

Preconceitos

Elias Nicácio, 48, tem o Ensino Médio completo, é divorciado e tem dois filhos, um de 21 anos e outro de 10. Em sua vida profissional, já teve empregos de carteira assinada, como cobrador de ônibus e gazeteiro. Mas sentiu muita dificuldade em conseguir outro emprego quando foi demitido pela última vez e, com as contas aparecendo e a necessidade de criar os filhos, viu na atividade de flanelinha como única fonte de seu ganha-pão.

Ele diz conseguir, na média, em torno de um salário mínimo por mês. "Quando o faturamento melhora, consigo chegar a R$ 600", declara. Questionado se é verdade que alguns flanelinhas chegam a ganhar mais de R$ 1,5 mil em mês, Nicácio não confirma a resposta. Mas fala que "ouve falar" de flanelinhas que tem benefício do governo e casa própria, porém pondera: "a verdade é que a maioria de nós vive uma situação muito difícil. Somos muito discriminados", diz ele.

Discriminação sentida na pele por José Clementino de Souza, 61. Ele diz que fica chateado por, quase todo dia ajudar uma mulher estacionar seu carro em um rua do Centro e a mulher sequer agradecer. "Só porque eu falei para a mulher que ela não baixava o vidro do carro para dizer obrigado, ela me insultou e disse que 'todo flanelinha era ladrão'", fala, emocionado, Clementino. "Ela continuou estacionando o carro no mesmo local e provocando, dizendo que a rua é pública e que nunca iria me dar um centavo. Fez tanta confusão que terminou chamando um viatura da polícia para dizer que eu era ladrão. A sorte é que comerciantes da rua me conhecem e testemunharam a meu favor, desfazendo o rolo", fala ele. Clementino acredita que a associação vá melhorar a imagem desses trabalhadores.

Fonte: Diário de Natal

Flanelinhas do RN ganham associação

Cadastro de Membros começou no domingo. Projeto garante, entre outras coisas, assistência odontológica, social e jurídica aos filiados.

09:03 - 24 de agosto de 2009

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Os flanelinhas de Natal ganharam neste domingo (23/08) uma associação trabalhista. Batizada de Assoflarn (Associação dos Flanelinhas do Rio Grande do Norte), a entidade trará para o seus sócios assistência odontológica, social e jurídica, e "sopões" nas segundas e quartas-feiras. A mensalidade custa R$ 5.

O cadastro dos membros começou a ser efetuado neste domingo (23/08). O organizador da entidade, Francisco Dantas, estima que haja pelo menos 1,5 mil flanelinhas no RN atualmente.

De acordo com Dantas, estão em andamento projetos como distribuição de cestas básicas, leite, cursos para sócios e dependentes, assistência médica (opcional) e área de lazer.

Além da mensalidade, a rentabilidade da associação virá da venda de espaços publicitários nos protetores solares colocados nos pára-brisas, nos bonés e nas camisas utilizadas por esses trabalhadores informais.

Fonte: DN Online

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